quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estudo mostra que mamógrafos têm pouco uso em hospitais brasileiros

A mamografia é a melhor forma de prevenir o câncer de mama. O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Todo ano surgem 49 mil novos casos da doença.
Por ano o SUS deixa de atender 800 mil pedidos de mamografia, mesmo com 1.285 mamógrafos funcionando no país. Um estudo divulgado hoje pelo Ministério da Saúde revelou que o país tem mamógrafos suficientes, mas de cada sete equipamentos, um está sem uso.
Pela avaliação do Instituto Nacional do Câncer, 795 equipamentos seriam suficientes para atender as mulheres de 50 a 69 anos, que precisam fazer o exame a cada dois anos.
De Norte a Sul há muitas dificuldades. Em Porto Velho, por exemplo, alguns pacientes esperam pelo exame desde abril. No Rio Grande do Sul, há mulheres que precisam viajar mais de cem quilômetros. A demora para marcar pode chegar a dois meses.
A auditoria descobriu que os equipamentos estão concentrados nas grandes cidades, e principalmente, na região Sudeste. Mais de 200 mamógrafos estão parados, quebrados por falta de manutenção, sem pessoal para operar, e 27 nem saíram da caixa.
Os dois estados com maior número de mamógrafos parados são Minas Gerais (36) e Bahia (24). Os únicos em que todos os equipamentos estão funcionando são Roraima e Santa Catarina.
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, diz que o governo vai investir mais de R$ 170 milhões para aumentar o número de mamografias e prometeu resolver o problema dos equipamentos parados.
“Vamos fazer um grande esforço com os estados e municípios para dobrar o número de técnicos em mamografia. Existem poucas empresas que fazem a parte de manutenção, por isso, o Ministério vai chamar as empresas e insistir para que elas coloquem núcleos de assistência técnica onde ainda não há no Brasil”, afirma Padilha.
Os médicos lembram que mais de 95% dos casos de câncer de mama detectados cedo tem cura. “O auto-exame deve continuar sendo feito, mas ele não substitui a mamografia, que é o exame ideal para detectar a doença”, explica João Nunes Neto, médico e diretor do Centro de Câncer da UNB.

Fonte: globo.com

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